José Saramago, in ‘Folha de S. Paulo (1991)
Archive for the ‘Saramago’ Category
SARAMAGO
Posted by * em 27/12/2012
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DE QUEM? PARA QUEM? CONTRA QUEM?
Posted by J. Vasco em 05/10/2010
«Então chegou a república. Ganhavam os homens doze ou treze vinténs, e as mulheres menos de metade, como de costume. Comiam ambos o mesmo pão de bagaço, os mesmos farrapos de couve, os mesmos talos. A república veio despachada de Lisboa, andou de terra em terra pelo telégrafo, se o havia, recomendou-se pela imprensa, se a sabiam ler, pelo passar de boca em boca, que sempre foi o mais fácil. O trono caíra, o altar dizia que por ora não era este reino o seu mundo, o latifúndio percebeu tudo e deixou-se estar, e um litro de azeite custava mais de dois mil réis, dez vezes a jorna de um homem.
Viva a república, Viva. Patrão, quanto é o jornal agora, Deixa ver, o que os outros pagarem, pago eu também, fala com o feitor (…)
Já lá vai adiante o esquadrão da guarda, amorosa filha desta república, ainda os cavalos tremem e a espuma fica pelo ar em flocos repartida, e agora passa-se à segunda fase do plano de batalha, é ir por montes e montados em rusga e caça aos trabalhadores que andam incitando os outros à rebelião e greve, deixando os trabalhos agrícolas parados e o gado sem pastores, e assim foram presos trinta e três deles, com os principais instigadores, que deram entrada nas prisões militares. Assim os levaram, como a récua de burros albardados de açoites, pancadas e dichotes vários, filhos da puta, vê lá onde é que vais dar com os cornos, viva a guarda da república, viva a república da guarda (…)».
José Saramago, Levantado do Chão, Editorial Caminho, 4ª ed., 1980, pp. 33 e 35
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NÃO ME PEÇAM RAZÕES
Posted by * em 24/06/2010
Luís Cília canta José Saramago:
Não me peçam razões, que não as tenho,
Ou tenho quantas queiram: bem sabemos
Que razões são palavras, nascem todas
Da mansa hipocrisia que aprendemos.
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Não me peçam razões por que se entenda
A força da maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não aceito.
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Não me peçam razões, ou sombra delas,
Deste gosto de amar e destruir:
Nos excessos do ser é que amanhece
A cor da Primavera que há-de vir.
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Canção criada a partir do poema de José Saramago
“Não me peçam razões”, in “Os Poemas Possíveis”
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MEMÓRIA, FUTURO, TRABALHO, EMANCIPAÇÃO
Posted by J. Vasco em 20/06/2010
TEXTO DE MANUEL GUSMÃO ESCRITO NO DIA DA MORTE DE JOSÉ SARAMAGO.
PUBLICADO NO 5 DIAS:
ADENDA EM 25/06/2010: ler aqui o artigo de Ricardo Araújo Pereira sobre a ausência de Cavaco no funeral de José Saramago.
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2 NOTÍCIAS, 2 PESSOAS, 2 TAMANHOS DO SER HUMANO
Posted by * em 20/06/2010
Imprensa mundial fala da morte do escritor
Do Chile à Rússia, passando por Israel e pelos EUA, o desaparecimento de José Saramago foi notícia importante.Com maior ou menor destaque, de forma mais elogiosa ou mais descritiva, a morte de José Saramago foi notícia na imprensa de todo o mundo.
DN, 20/06/2010 http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1598136 |
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Obs: Pedimos desculpa, a todos os que conhecem e respeitam Saramago, escritor gigantesco e de importância universal, pela implícita comparação com tão insignificante e reles figura. Realmente, a comparação entre o oceano e o esgoto é, em si mesma, um pouco desrespeitosa para com o oceano. Se isto puder servir de atenuante, diremos que quisemos apenas indicar dois pontos extremos da condição humana.
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O QUE FALTA FAZER
Posted by * em 19/06/2010
O escritor faleceu.
Fez o que pôde pela literatura, pelo país, pelo mundo …
O país tem ainda uma prova a fazer: tem de demonstrar que merece Saramago!
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UM ESCRITOR GENIAL NÃO MORRE, DEIXA APENAS DE ESCREVER
Posted by J. Vasco em 19/06/2010
Os meus livros preferidos do enormíssimo e genial escritor José Saramago. Obras-primas que fazem parte da grande literatura de todos os tempos e de todos os lugares e que nunca morrerão. Quem as leu e quem as vier a ler, nunca deixará de ser marcado por gente tão forte e tão inesquecível como Maria de Magdala, como Lídia e Marcenda, como Blimunda e Maria Sara. Obrigado, José!
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DESABAFO
Posted by J. Vasco em 08/04/2010
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E, finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo… E, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos».
José Saramago, Cadernos de Lanzarote, III, p. 148
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SARAMAGO
Posted by * em 16/02/2010
A tacanhez lusa sempre detestou Saramago… Ainda engoliram (a custo) o Nobel, porque afinal “o tipo é português”…mas nunca gostaram de alguém que ousou erguer-se acima da mediania pátria. O ódio mantém-se, espera só por novas oportunidades…Cuidado, escritor!
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