Há três dias, o advogado José Maria Martins (recuso-me a fazer ligações para o texto fascista que bolçou) escreveu estes mimos: «Os tipos do PCP são intoleráveis», «O PCP deveria ser ilegalizado porque é uma força de bloqueio, acéfala, irracional, golpista», «Ilegalizar o PCP seria higienizar Portugal».
No dia 9 de Setembro, António Ribeiro Ferreira (também me recuso a remeter o leitor para o texto) largou esta prosa: «Há uns anos, muitos, Maldonado Gonelha disse que era preciso partir a espinha aos sindicatos. Na altura discutia-se a unicidade sindical e a criação de uma central alternativa à Intersindical comunista. Hoje, em 2011, com o país numa emergência nacional é urgente não só repetir a frase como pô-la em prática».
O ambiente social contra-revolucionário em que vivemos enquadra na perfeição opinações como estas. Não admira, pois, que provocadores fascistas como Martins ou Ferreira escrevam o que escrevem. O que é mais revelador em termos políticos é vermos muito boa gente da auto-proclamada «esquerda democrática» ou dos sectores «autonomistas» a partilhar com eles a sanha fascista contra o PCP e a CGTP.