O PAÍS NA BURACA
Posted by * em 25/04/2010

25 de Abril! Data maior da liberdade, dia da queda do regime fascista. O mesmo regime que foi defendido com unhas e dentes pela igreja, tenebrosa organização que semeia a superstição e sempre apoiou todas as causas reaccionárias, desde a escravidão ao colonialismo e ditaduras nazi-fascistas. A mesma organização mafiosa envolta em mil manigâncias, a mesma organização que não paga impostos, a mesma organização que recebe milhões de euros dos portugueses através das suas IPSS (desresponsabilizando o Estado de um serviço que deveria prestar), a mesma organização que vendeu à Estradas de Portugal um terreno na Buraca, com a extensão de uma piscina, por 1,2 milhões de euros. A mesma organização de que se fala. Liga-se a televisão, recordamos, no dia 25 de Abril, dia maior no calendário português. RTP1, televisão de um Estado supostamente laico: missa a manhã toda; Liga-se a TVI: missa a manhã toda. Assim vai o país, de Buraca em Buraca.
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This entry was posted on 25/04/2010 às 11:34 and is filed under Igreja.
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Srª Liberdade said
LIBERDADE, é um direito comum a todo o ser humano, que lhe permite realizar escolhas livremente, determinar o seu futuro e fazer opções de vida. Confere-nos a capacidade de raciocinar e de valorizar de forma inteligente o mundo que nos rodeia. É a plena expressão da vontade humana!
Todo o ser humano deveria ter o direito à liberdade. No entanto, a liberdade de cada um termina onde a do outro comeca.
Ser livre, não significa apenas ter consciência daquilo que nos aprisiona. O mundo não é exactamente uma prisão, mas um caminho murado cujo fim não se vê.
As pessoas associam a falta de liberdade às prisões. sem se aperceberem que a obrigação de fazer determinadas coisas, de ater-se a ritmos, jornadas e interesses alheios, é a prisao mais grave.
O movimento constante causa a ilusão da liberdade e a ilusão é a pior das prisões. Mas se soubermos para onde vamos e o que queremos de facto, não há medo, não há frustação, nem complexos… há liberdade!
Da minha parte, fico plenamente satisfeita pela simples liberdade de poder ter asas e saber voar com elas e cultivar os valores que escolhi reunir ao meu redor.
Feliz dia da Liberdade!
Jyoti Gomes said
Olá. Obrigado pelo seu comentário. Gostaria apenas de compartilhar consigo uma opinião: a ideia de que “a liberdade de cada um termina onde a do outro começa” ainda parte de uma perspectiva em que as pessoas são vistas como átomos isolados, como ilhas, como países com fronteiras definidas. A liberdade do próximo é vista apenas como um limite à minha liberdade. Mas se assim for, estarei a cair numa abordagem abstracta e individualista. Em relações como a que une mãe e filho, a liberdade de um não é apenas e não tanto o limite à liberdade do outro, mas a sua verdadeira condição. Poderíamos, neste caso, dizer que a verdadeira liberdade da mãe começa onde ela contribui para a verdadeira liberdade do filho. Também o 25 de Abril mostrou que a liberdade do próximo não é apenas e nem tanto um limite à minha liberdade, mas sim condição da minha própria liberdade, as nossas liberdades desenvolvem-se mutuamente: as liberdades não se limitam como se fossem terrenos limitados por cercas, antes interpenetram-se. Nesta relação pode ocorrer, por outro lado, que o desenvolvimento da liberdade da maioria tenha como condição a diminuição da liberdade de quem a explora e oprime. Por exemplo, o aumento da liberdade da população negra na África do Sul teve de necessariamente levar à diminuição da liberdade dos racistas e à abolição do sistema do Apartheid. Não foi apenas uma questão de respeito pelas fronteiras de cada um (o que aliás pode significar também afastamento, indiferença pelo próximo, cada um exercendo a sua liberdade no seu cantinho). Ou seja, pelo menos nas condições actuais, a questão não é tanto a de encontrar a fronteira dentro das quais a liberdade de cada um em geral se possa exercer, mas de construir o tipo de relações em que a liberdade de uma minoria deixe de ter como condição a ausência da liberdade de desenvolvimento da grande maioria, que trabalha e pena de sol a sol. E como disse, a ausência de liberdade não tem a ver apenas com a prisão. Se antes do 25 de Abril muitos não conseguiam dizer o que pensavam, agora muitos não conseguem pensar no que dizem, dado o “bombardeamento ideológico” diário. Abraço e Feliz 25 de Abril! JG